A guerra no Oriente Média continua e os ataques estão cada vez mais intensificados, o que tem preocupado autoridades e pessoas que ainda vivem nessa região do mundo.
Durante a madrugada deste domingo (06), os ataques aéreos israelenses atingiram os subúrbios ao sul de Beirute. Esse é considerado o bombardeio mais intenso da capital libanesa desde que Israel intensificou sua campanha contra o grupo Hezbollah, apoiado pelo Irã, no mês passado.
Na noite deste sábado (05), as explosões causaram estrondos em Beirute e provocaram flashes de vermelho e branco por quase 30 minutos, visíveis a vários quilômetros de distância.
De acordo com testemunhas e analistas militares em canais de TV locais, esse foi o maior ataque israelense a Beirute até o momento,
Durante este domingo, uma névoa cinzenta pairava sobre a cidade e os escombros estavam espalhados pelas ruas dos subúrbios do sul, enquanto colunas de fumaça se erguiam sobre a área.
“A noite passada foi a mais violenta de todas as noites anteriores. Os prédios estavam tremendo ao nosso redor e, a princípio, pensei que fosse um terremoto. Houve dezenas de ataques – não conseguimos contar todos eles – e os sons eram ensurdecedores”, disse Hanan Abdullah, morador da área de Burj al-Barajneh, nos subúrbios ao sul de Beirute.
Vídeos postados nas mídias sociais, que a Reuters não pôde verificar imediatamente, mostraram novos danos à rodovia que vai do aeroporto de Beirute até o centro da cidade, passando pelos subúrbios ao sul.
Sobre essa situação, Israel disse que sua Força Aérea havia “conduzido uma série de ataques direcionados a várias instalações de armazenamento de armas e locais de infraestrutura terrorista pertencentes à organização terrorista Hezbollah na área de Beirute”.
Até o momento as autoridades libanesas não informaram imediatamente o que os mísseis haviam atingido ou que danos haviam causado.
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O intenso bombardeio deste fim de semana ocorreu pouco antes do aniversário do ataque de 7 de outubro do grupo militante palestino Hamas ao sul de Israel, no qual cerca de 1.200 pessoas foram mortas e mais de 250 foram feitas reféns, de acordo com dados israelenses.
O alvo dos ataques aéreos de Israel em todo o Líbano e sua invasão terrestre no sul do país é o grupo armado libanês Hezbollah, o principal aliado do Irã na região. O ataque matou centenas de pessoas, inclusive civis, e desalojou 1,2 milhão de pessoas, segundo autoridades libanesas.
Durante dias, Israel bombardeou o subúrbio de Dahiyeh, em Beirute, considerado um reduto do Hezbollah, mas também lar de milhares de libaneses comuns, refugiados palestinos e sírios, matando seu líder Sayyed Hassan Nasrallah em 27 de setembro.
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Uma fonte de segurança libanesa disse no sábado que Hashem Safieddine, o possível sucessor de Nasrallah, estava sem contato desde sexta-feira, depois de um ataque aéreo israelense na quinta-feira, perto do aeroporto internacional da cidade, que teria tido ele como alvo.
Israel continua bombardeando a área do ataque, impedindo que as equipes de resgate cheguem até ela, disseram fontes de segurança libanesas.
O Hezbollah não comentou sobre Safieddine.
Sua perda seria outro golpe para o grupo e seu patrono, o Irã. Os ataques israelenses em toda a região no último ano, que se aceleraram acentuadamente nas últimas semanas, devastaram a liderança do Hezbollah.