A plataforma de vídeos curtos TikTok foi criada em 2024. Inicialmente com o nome de 'Musical.ly', o aplicativo foi desenvolvido inicialmente para que as pessoas postassem vídeos dublando músicas. Posteriormente foi aprimorado e tornou-se viral, sendo mundialmente utilizado, com diferentes nichos de assuntos na plataforma e fazendo sucesso entre influencers, os chamados 'tiktokers'.
Nesta terça-feira (08), a rede social foi processada por 14 estados dos Estados Unidos por prejudicar e não proteger jovens e crianças. As ações foram movidas separadamente, o que aumentam ainda mais a disputa legal que há entre a empresa chinesa e os reguladores, que querem aplicar penalidades financeiras contra a companhia.
Na ação, os estados alegam que o TikTok usa conteúdo viciante de forma intencional, o que faz com que crianças e jovens permaneçam na plataforma por muito mais tempo e com maior frequência.
Além do conteúdo viciante, os estados também acusam o TikTok de expor por muito tempo os usuários a anúncios.
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“Os jovens estão enfrentando problemas de saúde mental por causa de plataformas de mídia social viciantes como o TikTok”, disse a procuradora-geral de Nova York, Letitia James, para a agência de notícias Reuters.
A plataforma rebateu as críticas de que não protege as crianças. "Na verdade, oferecemos salvaguardas robustas para adolescentes e pais.", disse.
Crianças viciadas em telas
O procurador-geral de Washington DC, Brian Schwalb, alegou também que o TikTok opera um negócio de transmissão de dinheiro não licenciado, utilizando recursos de transmissão ao vivo e moeda virtual.
Schwalb ainda afirmou à agência de notícias Reuters que a plataforma "é perigosa por design, sendo um produto intencionalmente viciante, projetado para deixar os jovens viciados em suas telas."
No processo do estado de Washington, a acusação inclui a facilitação da exploração sexual de usuários menores de idade, argumentando que a transmissão ao vivo e a moeda virtual do TikTok "operam como um clube de striptease virtual sem restrições de idade".