Um grupo de cientistas estudaram, recentemente, um osso fossilizado da coxa de uma ave do terror, de cerca de 12 milhões de anos, encontrada na Colômbia. O restos do extinto pássaro foi localizado no deserto de Tatacoa, conhecido por ser rico em fósseis. 

Um dos aspectos curiosos do osso é que ele pode indicar como o grande pássaro morreu. O estudo foi publicado na revista Papers in Palaeontology.

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De acordo com os cientistas, o animal era esguio e não voava, portanto um enorme bico adaptado para caça e tendo entre 90 cm e 2,7 metros de altura. As aves do terror habitaram a América do Sul durante o Período Cenozóico (de 65,6 milhões de anos atrás até os dias atuais), com restos datando do Plio-Pleistoceno (5 milhões de anos atrás até 12 mil anos atrás) sendo vistos na América do Norte, e restos do Eoceno (56 a 33.9 milhões de anos atrás), na África.

As aves faziam parte da família Phorusrhacidae, ou forusracídeos, com 20 espécies, todas já extintas. Seus parentes mais próximos, são as seriemas (Cariama cristata). 

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Foi identificada no fóssil, marcas de dente que indicam ser de uma mordida de Purussaurus, um grande jacaré já extinto que chegava a ter 9 metros de comprimento e conseguia predar as aves do terror. É possível que o pássaro em questão tenha vindo a óbito graças aos ferimentos dessa mordida.

O osso tibiotarso esquerdo de uma ave do terror, como encontrado na Colômbia, o mais ao norte já achado por paleontólogos
📷 O osso tibiotarso esquerdo de uma ave do terror, como encontrado na Colômbia, o mais ao norte já achado por paleontólogos |Imagem: Degrande et al./Papers on Palaeontology

Além dos crocodilianos enormes, essas aves conviveram com primatas, preguiças-gigantes (megatérios), gliptodontes (grandes parentes dos tatus) e outros animais do Pleistoceno.

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