As mudanças climáticas tem aumentado fenômenos naturais causando grandes problemas para o mundo, especialmente em nações em desenvolvimento. 

A União Europeia, os Estados Unidos e outros países mais ricos concordaram em elevar a proposta de financiamento climático para US$ 300 bilhões anuais até 2035, visando apoiar nações em desenvolvimento na luta contra os impactos das mudanças climáticas. O aumento vem após a rejeição de uma proposta anterior, considerada insuficiente por outras nações.

A cúpula climática COP 29, que deveria ser concluída na sexta-feira (22), se estendeu devido ao impasse entre quase 200 países que buscam um consenso sobre o plano de financiamento para a próxima década. Uma proposta inicial de US$ 250 bilhões, apresentada pela presidência do Azerbaijão, foi taxada como “deploravelmente baixa” por representantes dos países em desenvolvimento.

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Promessa ainda gera dúvidas

Ainda não está claro se o novo compromisso de US$ 300 bilhões foi formalmente apresentado aos países em desenvolvimento durante as discussões em Baku, nem se será suficiente para obter apoio das delegações. Segundo fontes próximas às negociações, a União Europeia e países como Estados Unidos, Austrália e Reino Unido já teriam concordado com o valor revisado.

Entretanto, a falta de clareza sobre a implementação e o histórico de promessas não cumpridas por parte das nações ricas têm gerado desconfiança entre os países em desenvolvimento. O compromisso anterior de financiamento climático, de US$ 100 bilhões anuais, deveria ter sido cumprido até 2020, mas só foi alcançado em 2022 e termina em 2025.

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Tensão durante as negociações

O clima dentro da sala de negociações tem sido marcado por irritação, conforme relataram três participantes. “Não há clareza sobre o caminho a seguir. Não há clareza sobre a vontade política que precisamos para sair disso”, afirmou Juan Carlos Monterrey Gomez, principal negociador do Panamá, a portais internacionais de notícias.

Já o ministro do Meio Ambiente de Serra Leoa, Abdulai Jiwon, evitou comentar diretamente sobre o novo valor, dizendo apenas que “ainda estamos trabalhando no número com outras partes”.

As negociações têm exposto as divergências entre os países ricos, pressionados por orçamentos domésticos apertados, e as nações em desenvolvimento, que enfrentam os crescentes custos de tempestades, inundações e secas intensificadas pelas mudanças climáticas.

Até o momento, porta-vozes da Comissão Europeia e do governo australiano se recusaram a comentar. A delegação dos EUA e o Ministério da Energia do Reino Unido também não responderam a solicitações da imprensa.

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