O Departamento de Estado dos EUA anunciou nesta quarta-feira que os consulados passarão a exigir que todos os solicitantes de vistos de estudante — e de outras categorias — forneçam acesso irrestrito a suas contas em redes sociais. A medida visa permitir uma verificação completa de publicações e interações dos candidatos.

A exigência é obrigatória: contas privadas deverão ser abertas ao público, e quem não possuí-las será considerado suspeito. Em comunicado, a pasta ressaltou que a medida permite uma revisão aprofundada de cada perfil, destacando que “candidatos serão solicitados a ajustar suas configurações de privacidade para ‘público’”.

Com a nova regra, perfis que manifestarem posicionamentos “hostis aos EUA” — seja contra seu governo, instituições, cultura ou princípios fundamentais — poderão resultar em reprovação automática do pedido de visto. Além disso, expressões de “apoio, defesa ou ajuda a grupos terroristas e outras ameaças à segurança nacional”, bem como manifestações antissemitas, serão igualmente impeditivas.

A visão política também estará sob análise: é função dos consulados identificar candidatos com histórico ou tendência de ativismo político, especialmente se houver indício de continuidade dessa atividade após eventual entrada no país.

A nova exigência substitui uma breve suspensão no processamento de vistos, que o governo Trump usou para revisar internamente os procedimentos.

Principais itens listados como vetos automáticos ao visto

  • Conteúdo considerado hostil às instituições ou cultura dos EUA;
  • Defesa ou apoio a organizações terroristas;
  • Publicações consideradas antissemitas ou menções ao Hamas;
  • Perfis com contas privadas ou ausência total de redes sociais — sob suspeita de ocultação de conteúdo;
  • Histórico de ativismo político que possa persistir no território americano.

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