Era para ser apenas o primeiro dia do feriado de Ação de Graças, um momento de descontração entre irmãos, quando o barulho dos risos em um parque com camas elásticas no Tennessee deu lugar ao desespero. No centro desse drama, a adolescente Maggie Isble, de 16 anos, viu sua vida mudar em segundos ao fraturar o pescoço durante um salto, episódio que a deixou tetraplégica, e que agora movimenta uma mobilização emocional e financeira nos Estados Unidos.

Segundo a imprensa local, Maggie estava fazendo cambalhotas e piruetas quando tentou um salto mortal para trás a partir de uma barra de trapézio, caindo de cabeça em uma piscina de espuma. A espuma não conteve o impacto: ela atravessou o amortecimento improvisado e bateu diretamente no concreto. "No meio do salto, ela caiu de cabeça, atravessou a espuma e quebrou o pescoço", relatou a irmã mais velha, Destiny Isble.

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Paralisada do peito para baixo, Maggie foi levada inicialmente ao Centro Médico da Universidade Vanderbilt, em Nashville, e posteriormente transferida para um centro de reabilitação em Atlanta. Os médicos, a princípio, disseram que ela provavelmente não voltaria a andar.

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📷 Adolescente lesionou o pescoço ao cair de cabeça em piscina de espuma durante salto em parque com camas elásticas. |Reprodução/Freepik

MAS A HISTÓRIA NÃO PAROU NA FATALIDADE

Nos últimos dias, a jovem apresentou sinais inesperados de recuperação. Segundo a família, Maggie conseguiu se alimentar sozinha pela primeira vez desde o acidente - um simples Cheeto levado à boca que emocionou todos ao redor. Destiny também afirmou que a irmã voltou a apresentar alguma sensibilidade nas laterais das pernas.

A tia, Jessica Burton, diz acreditar que estão presenciando "um milagre". A família, profundamente religiosa, mobiliza orações e reforça a personalidade resiliente da adolescente. "Acreditamos que, pela atitude de Maggie, ela vai superar isso e ajudar outras pessoas", afirmou.

CAMPANHA DE ARRECADAÇÃO

📷 Com forte apoio da família e impulsionada por uma campanha solidária online, Maggie Isble segue em reabilitação após o acidente que a deixou tetraplégica. |Reprodução/GoFoundMe

A mobilização se estende também no campo financeiro. Uma campanha no GoFundMe, intitulada "Um Milagre para Maggie", já arrecadou US$ 68 mil dos US$ 75 mil pretendidos para custear despesas médicas e terapias especializadas.

O pai, Joshua Isble, relatou que a filha iniciou as primeiras sessões de terapia ocupacional e fisioterapia com sucesso. "Ela estava se locomovendo sozinha na cadeira de rodas. Muitos sorrisos, poucas lágrimas", escreveu. O progresso inclui até o movimento sutil de um dos dedos do pé. Detalhe celebrado como uma vitória enorme.

NATAL EM FAMÍLIA

A família planeja passar o Natal em Atlanta, para que Maggie esteja cercada de seus entes queridos durante o período. E uma página nas redes sociais foi criada para atualizar diariamente o estado da jovem, que segue lutando, centímetro por centímetro, por sua autonomia.

No balanço entre dor, esperança e fé, a trajetória de Maggie vai se desenhando como um testemunho de resistência, e de como pequenos movimentos podem carregar, para muitos, o significado exato da palavra milagre.

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