O pôr do sol na praia do Mupéua, na ilha de Maiandeua, é um dos mais bonitos a ser apreciados. Esta praia fica em frente a vila de Fortalezinha, no outro lado de Algodoal. Há quem atribua à ilha uma energia mística. Um lugar encantado capaz de transformar as pessoas. Maiandeua (em tupi “mãe da terra”) fica no município de Maracanã, nordeste paraense. Por lá existem outras belezas naturais que vão muito além da praia da Princesa (a mais badalada de Algodoal) e que ainda são pouco conhecidas. 

O balneário antes era somente uma vila de pescadores, com uma estrutura bem rústica e que tinha a oferecer basicamente somente a liberdade do contato com a natureza. Hoje, isso ainda é a característica predominante de vilarejo que já começa a melhorar, digamos assim, a estrutura para receber os turistas e amantes da natureza. Alguns moradores locais construíram restaurantes, chalés e pousadas. 

A viagem, de carro, saindo de Belém até a ilha dura cerca de três horas. O carro, na verdade, fica em estacionamentos privados na comunidade de Quarenta do Mocoóca, cujo acesso é pela estrada que liga Igarapé-Açu a Maracanã. Oito quilômetros depois de Igarapé-Açu a gente dobra à esquerda num trevo e segue a estrada, passando por várias comunidades até chegar na Vila Quatro Bocas - é nela que pegamos o ramal de terra batida e seguimos até Mocoóca. Há uma placa indicando, na entrada deste ramal. 

Assim como é preciso atravessar de barco para chegar em Algodoal, em Fortalezinha o acesso também é de barco pelo rio Maracanã. As canoas e rabetas que fazem esta travessia parte da vila de 40 do Mocoóca (ou vila do 40, como também é chamada). 

Fora da alta temporada, o valor da travessia custa, em média, 3 reais. Esta travessia não dura mais que 5 minutos. Para quem optar por descer do barco na própria praia pagará um pouco mais caro, cerca de 5 reais. Quem não descer na praia caminhará por uma trilha até a praia – é, geralmente, o passeio mais recomendado. Na maré baixa pequenas piscinas naturais se formam e garantem um banho refrescante. 

TRILHAS 

Antes de falar sobre as trilhas é importante dizer que o período de estiagem (geralmente entre agosto a novembro) a paisagem na ilha pode mudar. A grama seca e o verde dá um tom amarelado – mesmo assim é um paraíso! Uma das trilhas é até a ‘Casa de Pedra’ - construção erguida por padres Jesuítas, segundo contam os nativos. Esta edificação - hoje praticamente em ruínas - foi o início do povoamento da comunidade praticamente, tendo sido construído para servir de forte (daí o nome Fortalezinha). 

Hoje a casa de pedra fica atrás de um casa em construção que quando ficar pronta certamente poderá esconder este patrimônio histórico. A casa de pedra não fica distante da vila, pelo contrário, fica na rua que poderíamos chamar de “beira mar”. Levar protetor solar e uma garrafinha de água é obrigatório. Placas rústicas estão espalhadas pelas ruas e algumas cabanas de Fortalezinha. Outra trilha é até o campo do cajueiro. 

A priori, não oferece nada de extraordinário, mas entre um metro e outro a gente encontra algo peculiar - os próprios cajueiros, por exemplo, apresentam formas colossais (gigantes) que podem render boas fotos. Muitas árvores frutíferas estão nesse campo. No caminho você pode esbarrar com gados - muito comum por ali os bois e vacas andarem soltos. Os cachorros na ilha acabam sendo grandes companheiros nessas trilhas. Pode acreditar.

Fortalezinha

Onde fica? Nordeste paraense

Como chegar? De carro ou de ônibus

O que fazer? Trilhas ou banho de praia

Foto: Denilson D'Almeida/Diário do Pará

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