O Pará foi o estado do Norte que mais gerou empregos com carteira assinada no Setor Serviços em junho deste ano, segundo pesquisa divulgada pelo Dieese/PA. O estudo mostra que em junho foram registradas 12.571 admissões contra 9.651 desligamentos, gerando um saldo positivo de 2.920 postos de trabalhos no Estado.

Ainda de acordo com as análises do Dieese/PA, no primeiro semestre deste ano (janeiro-junho/2022), no comparativo entre admitidos e desligados, o setor registrou em todo o Estado 74.349 admissões contra 63.031 desligamentos, gerando um saldo positivo de 11.318 postos de trabalho.

No comparativo dos últimos 12 meses (julho/2021-junho/2022), entre admitidos e desligados, o Pará também apresentou saldo positivo de empregos formais no setor, 153.099 admissões contra 130.449 desligamentos e a geração de 17.750 postos de trabalho.

A equipe do Diário do Pará percorreu ontem o Centro Comercial de Belém e conversou com gerentes de algumas lojas e funcionários recém-contratados sobre a perspectiva de mercado para novas contratações para o segundo semestre.

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Admilson Santos, gerente administrativo da filial Liliane no bairro do Comércio, conta que a loja tem pretensões de contratações a partir de setembro. “Já temos algumas vagas ociosas. Estamos retomando aos poucos nossos consumidores com a flexibilização das medidas de segurança contra a covid-19. Nossa expectativa é das melhores em relação às datas festivas que vêm se aproximando, como o Círio retomando ao seu formato presencial, a Black Friday e as datas de final de ano. Com isso, novas vagas de trabalho vão surgindo”, acredita.

Admilson conta que o setor segue aquecido e, nos últimos dias tem havido uma oferta consistente de novos postos. “Aqui estamos sempre recebendo currículos presencialmente. Acreditamos que é uma forma de dar mais oportunidades para as pessoas e até mesmo se certificar que seu currículo foi entregue à pessoa responsável pelas contratações”, conta.

O gerente da loja Paris N’ América, no Centro comercial de Belém, Márcio Alexandre, explicou que no mês de junho o estabelecimento fez novas contratações. “Devido à pandemia seguramos o máximo possível o quadro de funcionários para não demitir. Acreditamos que o mercado vai melhorar e estaremos futuramente fazendo mais contratações. Nosso maior período de vendas é no mês de junho com as festas juninas e em novembro com as festas de final de ano”, afirma.

André Augusto, 43 anos, vigilante, começou a poucos dias no novo trabalho em uma loja de artigos infantis. “Eu estive cerca de 4 anos parado sem conseguir trabalho de carteira assinada. Comecei nesse novo trabalho a menos de uma semana, estou muito confiante que as coisas irão melhorar agora. Minha esposa está desempregada, contamos muito com a minha renda para as despesas, ter a carteira assinada garante uma segurança maior”, conta.

Wilson Martins, 21 anos, auxiliar de serviços gerais em uma loja de tecidos foi contratado em junho. “Até ano passado foi difícil. Entregava currículo nas empresas e não tinha retorno. Já trabalhei com outras coisas, mas era por contrato. Aqui estou de carteira assinada”, relatou.

André Augusto festeja o emprego conseguido após 4 anos parado Foto: Irene Almeida / Diário do Pará

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