A doença de Chagas é transmitida pelo inseto barbeiro infectado, que ao picar uma pessoa sadia, deposita fezes contaminadas no ferimento, permitindo a entrada do parasita Trypanossoma Cruzy na corrente sanguínea.

Como forma de discutir e combater a doença, o Ministério Público do Estado do Pará (MPPA), por meio do Núcleo do Consumidor, coordenado pela promotora de Justiça, Érica Almeida de Sousa e em conjunto com a promotora de Justiça de Abaetetuba, Juliana Dias Ferreira de Pinho Nobre e a coordenadora do Centro de Apoio Operacional Cível, Processual e do Cidadão, Ângela Maria Balieiro Queiroz, realizou, o Fórum sobre o Enfrentamento para Minimização da Doença de Chagas, além de reuniões com os profissionais de saúde municipal e ações de fiscalização por amostragem dos pontos de venda de açaí na cidade de Abaetetuba, no dia 17 de abril.

A programação reuniu profissionais da área da saúde municipal, agentes comunitários de Saúde (ACS) e autoridades locais, e a população. O objetivo da atividade foi reforçar as boas práticas de manipulação dos frutos do açaí e bacaba, uma vez que a contaminação por doença de Chagas, na maioria dos casos, ocorre por práticas irregulares de higiene no processamento dos frutos.

As ações de fiscalização ocorreram em parceria com a Secretaria Municipal e Estadual de Saúde, as respectivas Vigilâncias Sanitárias e a Coordenação Estadual da Doença de Chagas.

O evento

No primeiro dia, o encontro abordou o perfil epidemiológico da doença de Chagas no estado do Pará, com a apresentação do coordenador estadual da doença de Chagas (SESPA), Edér do Amaral Monteiro. Também houve debates sobre as "Boas Práticas de Manipulação do Açaí", conforme o Decreto Estadual nº 326/2012 pela coordenadora do Departamento Estadual de Vigilância Sanitária (DEVS/SESPA), Dorileia Pantoja Sales.

As ações de fiscalização ocorreram em parceria com a Secretaria Municipal e Estadual de Saúde.
📷 As ações de fiscalização ocorreram em parceria com a Secretaria Municipal e Estadual de Saúde. |(Foto: Divulgação/MPPA)

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Além disso, a técnica do Grupo de Apoio Técnico Interdisciplinar GATI do MPPA, Maria do Carmo, destacou exemplos da atuação do Ministério Público frente aos batedores de açaí em Belém.

O MPPA reuniu com batedores de açaí para orientar sobre boas práticas de manipulação do fruto.
📷 O MPPA reuniu com batedores de açaí para orientar sobre boas práticas de manipulação do fruto. |(Foto: Divulgação/MPPA)

Já no segundo dia, a equipe do Ministério Público realizou monitoramento com visita nos pontos de açaí, com fito de traçar um perfil. Até o momento desta publicação, um local de venda de açaí foi interditado e quatro foram notificados, com irregularidades nos equipamentos, armazenamento inadequado e problemas higiênico sanitários.

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