Rios da Amazônia são para muitos a fonte principal de alimento e água e com isso necessário para mover a roda da economia. Desastres ambientais põem em risco a vida e por isso atitudes das autoridades são urgentes e necessárias.

O Governo do Pará decretou estado de calamidade pública em Muaná, no Arquipélago do Marajó, após um rebocador que estava levando um caminhão tanque com cerca de 15 mil litros de óleo diesel, afundar às margens do Rio Cajuuba em 7 de abril. O decreto nº 3.898 foi emitido na última segunda-feira (6) e publicado no Diário Oficial do Estado nesta terça-feira (7).

O decreto nº 3.898 foi emitido na última segunda-feira (6) e publicado no Diário Oficial do Estado nesta terça-feira (7).
📷 O decreto nº 3.898 foi emitido na última segunda-feira (6) e publicado no Diário Oficial do Estado nesta terça-feira (7). |Reprodução/Diário Oficial


A balsa estava carregada com combustível destinado a suprir a demanda energética de Muaná, município conhecido por sua escassa oferta de energia elétrica. O incidente colocou em risco o fornecimento de energia elétrica, que é distribuída pela empresa Energy Assets do Brasil (antiga Guascor).

Vídeos compartilhados nas redes sociais registraram a balsa, pertencente à empresa Cidade Transportes, momentos antes de seu naufrágio.

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Após o incidente, os moradores da região se mobilizaram, utilizando canoas para chegar até o local do naufrágio e verificar a situação dos dois tripulantes que operavam a embarcação.

Autoridades locais, juntamente com o Corpo de Bombeiros, a Defesa Civil, a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Pará (Semas) e a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma) foi convocada nos dias subsequentes para conter os danos de possível vazamento de óleo diesel.

Um levantamento prévio realizado pela prefeitura do município constatou que cerca de 450 famílias vivem próximas ao rio. Distribuição de água e alimentos são feitos para as famílias, que recebem orientações para não utilizar a água do rio. As medidas estão sendo tomadas para quem mora 4 km para cada lado do naufrágio, sendo que, as pessoas foram orientadas para não consumir, de forma alguma, a água do rio.

No dia 11 de abril, foi içado com o auxílio de uma balsa e um guindaste o caminhão que transportava o combustível.

Confira o posicionamento da empresa Cidade Transportes após o naufrágio:

Realizamos um levantamento detalhado para determinar a melhor abordagem e os equipamentos necessários para lidar com a situação.

Contratamos uma empresa especializada localmente para conter o derramamento e conduzir análises ambientais.

Estamos mobilizando equipamentos, incluindo uma balsa e um guindaste, para remover a embarcação do fundo do rio.

Temos uma equipe dedicada no local para avaliar o cenário, coletar dados e coordenar as operações. Estabelecemos uma sala de controle para garantir uma coordenação eficiente.

Estamos conduzindo uma análise crítica e de risco para entender completamente as implicações do incidente. Gostaríamos de expressar nossa gratidão à comunidade de Muaná pela sua colaboração e compreensão.

De acordo com a empresa, a balsa possui registro no IBAMA e licença do IPAAM, além de estar em conformidade com as regulamentações da Agência Nacional de Transporte Aquaviário (ANTAQ).

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