Uma obra da Prefeitura de Belém tem causado incômodo em moradores da Rua C do Parque Arthur Bernardes, próximo ao canal do Mata Fome, no bairro do Tapanã. Segundo denúncia encaminhada pela população ao DIÁRIO, a Prefeitura realizou o asfaltamento inicial de um trecho da via, mas não fez o serviço de drenagem previsto para a rua. Conforme a placa da obra, os serviços na Rua C vão custar ao todo o valor de R$ 1 milhão e 134 mil para as etapas de drenagem, pavimentação e sinalização, com prazo de até seis meses para conclusão dos trabalhos.

De acordo com os moradores da área, a obra iniciou na última sexta-feira (6) já com o asfaltamento, o que desagradou quem mora por lá. Ainda segundo os locais, no mês de agosto foram realizadas reuniões na comunidade com os responsáveis pela obra para comunicar as etapas do trabalho e ouvir as dúvidas da população sobre as intervenções no logradouro. Nos encontros, conforme relatado por moradores à reportagem, o que foi confirmado para eles é que a rua teria sistema de drenagem, com obras devidas para atender às necessidades da rua.

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“Não teve serviço de drenagem como foi prometido. Para essa área é importante, pois estamos próximos do canal do Mata Fome”, desabafa Márcio José, pedreiro, 46 anos. Morador há 20 anos da Rua C, Márcio ressalta que não adianta a via ter asfalto se não tiver infraestrutura para a drenagem da água da chuva. “O que mais incomoda é que disseram que teria esse serviço, mas só jogaram o piche aí. Parece obra eleitoreira”, afirma o pedreiro.

Cecilio Amaral, marceneiro, 52 anos, também reclama da situação. Morador da Rua C há pelo menos oito anos, ele diz que a promessa de melhorias na rua não foi ainda cumprida, no que diz respeito à drenagem. Para ele, “a rua está sendo mal feita, pois foi prometida uma coisa na placa, mas estão fazendo outra”. O morador comenta ainda que a drenagem é importante para prevenir alagamentos na área, pois quando chove há casas que enchem, restando à população a esperança de ter o serviço realizado na rua.

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“Disseram nas reuniões que ia ter meio fio na rua para também ajudar na drenagem, mas o que fizeram foi só jogar esse piche. Eles não vão quebrar o asfalto que acabaram de colocar pra depois fazer o serviço de drenagem. Não faz sentido”, comenta Joel Silva, socioeducador, 49 anos, morador do logradouro há duas décadas. Para Joel, a rua precisaria também ter uma atenção especial para as sarjetas com a finalidade de melhorar a situação por lá, “já que o inverno está logo aí e as chuvas intensas podem deixar a rua cheia”.

O DIÁRIO solicitou um posicionamento da Prefeitura de Belém, por meio da Secretaria Municipal de Saneamento (Sesan), sobre a situação da Rua C, mas até o fechamento desta edição, não tivemos retorno.

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