Encerra na próxima sexta-feira (25) a Campanha de Vacinação contra a Influenza. Em Belém, somente 21% do público se vacinou até o momento, desde o dia 02 de setembro, segundo a Secretaria Municipal de Saúde (Sesma). Devido ao inverno amazônico, este ano a campanha foi realizada de forma estratégica na região Norte pelo Ministério da Saúde, diferente das demais regiões brasileiras, onde a vacinação é realizada em abril e maio. A expectativa é que a campanha seja aberta para o público geral.
A campanha segue exclusiva para os grupos prioritários: idosos, crianças, gestantes e puérperas, trabalhadores da saúde, profissionais da educação, pessoas com deficiência ou comorbidades, populações indígenas e quilombolas, entre outros. Esta semana, a Sesma está intensificando a campanha com uma Unidade Móvel de Vacinação, na Praça Santuário, com funcionamento de 16h às 22h. A vacina também segue disponível das 8h às 17 nas Unidades Básicas de Saúde (UBS).]
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Até terça-feira (22) foram aplicadas mais de 96,4 mil doses da vacina contra a Influenza, referente a uma cobertura vacinal de 21,59%, segundo a Sesma. A meta de vacinação municipal é de 90% dentro de cada grupo prioritário, com expectativa sobre uma possível continuidade da campanha para o público em geral. De acordo com a enfermeira do Programa Municipal de Imunizações da Sesma, Lanna Xantipa, a maior procura pela vacina está entre os idosos.
“Quem já tomou ano passado ou até fevereiro deste ano deve se vacinar novamente. Nesta vacina de 2024, nós tivemos mudanças em duas cepas, uma do tipo A e outra do tipo B, são proteções diferentes porque são cepas diferentes. Se a pessoa estiver resfriada ou tossindo não é uma contraindicação da vacina. A única contraindicação é se a pessoa tiver um quadro febril anterior à vacinação”, esclarece.
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A Influenza, também conhecida como gripe, é uma doença viral que afeta o sistema respiratório. Em grupos mais vulneráveis, como crianças e idosos, é responsável por provocar uma síndrome respiratória aguda, que pode levar a complicações de saúde devido à fragilidade do sistema imunológico. A principal delas é a pneumonia.
É o segundo ano que a região Norte tem a campanha de vacinação contra a gripe de forma diferenciada. Anteriormente, o estado do Pará recebia as doses da vacina contra a Influenza no início do ano, durante o período chuvoso. A mudança atual no calendário se deve justamente à sazonalidade da região e a necessidade de um período de três a quatro meses para a produção ideal de anticorpos.
“A região Norte tem calendário diferenciado justamente para proteger a população durante o inverno amazônico, período em que as pessoas gripam com mais facilidade. É indispensável que crianças, idosos, professores, trabalhadores da saúde, pessoas com comorbidades e os demais grupos prioritários se vacinem contra a gripe”, afirma Jaíra Ataíde, coordenadora estadual de imunizações da Secretaria Estadual de Saúde (Sespa).
CUIDADOS
A vacinação contra a gripe é um dos principais cuidados anuais da aposentada Mercedes Sundi. Aos 77 anos, ela afirma que a vacina garante a proteção necessária para uma boa saúde, sem grandes preocupações com casos graves da doença. “Quando você toma a vacina, você sabe que está prevenida contra qualquer forma da doença. Por isso eu sempre tomo, nunca fico um ano sem tomar, para não acontecer de pegar a doença e ficar pensando que poderia ter sido mais leve se tomasse”, disse Mercedes.
A proximidade com a época chuvosa foi um dos principais motivos para Luiz Martins, 73, se imunizar contra a Influenza. “Todo ano eu tomo a vacina da gripe porque eu acho muito importante para minha saúde. Quando a gente toma vacina a gente adquire imunidade, principalmente na nossa região, que chove muito e tem mudanças bruscas de temperatura. Tá vindo aí o período chuvoso, é comum que as pessoas gripem e então eu vim logo tomar a vacina”, relatou o aposentado.
SERVIÇO
PÚBLICO-ALVO
- -Crianças de 6 meses a menores de 6 anos (5 anos 11 meses e 29 dias)
- -Pessoas com idade a partir dos 60 anos
- -Gestantes
- -Puérperas de até 45 dias após o parto
- -Trabalhadores de saúde
- -Professores
- -Indígenas a partir dos 6 meses de idade
- -Pessoas em situação de rua
- -Policiais civis, militares, bombeiros e membros ativos das Forças Armadas
- -Pessoas privadas de liberdade e funcionários do sistema prisional
- -Adolescentes e jovens de 12 a 21 anos de idade sob medidas sócio-educativas
- -Pessoas com deficiência permanente
- -Caminhoneiros, motoristas e cobradores de transporte coletivo rodoviário
- -Trabalhadores portuários
- -Pessoas com doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais