Com o clima natalino começando a tomar conta da cidade, as decorações começam a surgir nas ruas, nas lojas e nos comércios. A figura icônica do Papai Noel se torna cada vez mais disputada, mantendo a tradição viva e aquecendo o mercado para serviços temporários. Este ano, o Bom Velhinho começa seu trabalho bem cedo.
O Papai Noel deve ser uma figura acessível e amigável, capaz de ouvir os desejos das crianças e interagir com elas de forma respeitosa e lúdica.
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Conversamos com um dos Papais Noéis mais queridos da região, que além de ator, manequim, é modelo e artista plástico, Mário Rego, de 59 anos. Mário se transforma no Papai Noel Pai D’égua todo final de ano, há 5 anos e compartilhou um pouco sobre como se prepara para viver esse personagem mágico. Para ele, ser Papai Noel é uma paixão que começou na infância, inspirando-se na aparência e na capacidade de encantar as pessoas. Ele se dedica a criar um ambiente lúdico e inclusivo, atraindo pessoas de todas as idades, etnias e identidades. “Me preparo o ano todo, treino pesado e mantenho uma boa alimentação, já que a roupa dele é quente. Começo a deixar a barba crescer em julho”, explica.
À medida que o Natal se aproxima, a agenda do Papai Noel se intensifica. Mário descreve seu trabalho como uma missão de união e respeito ao próximo, repleta de eventos em empresas e comunidades. Este ano, suas atividades começaram em 25 de outubro e vão até 01 de janeiro, trazendo alegria e esperança para as pessoas”.
INUSITADAS
Desde as crianças que, na inocência, acham que ele é um tio conhecido, até os momentos em que tinha que lidar com puxões de barba que doíam. Ele sempre escuta os desejos das crianças, que vão desde presentes simples até conversas sobre amor e respeito. “Uma vez, um garoto de 12 anos me pediu conselhos sobre como conquistar uma namorada. É um trabalho que vai além dos presentes; é sobre conectar e acolher”, relata.
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ORIGEM
Curiosamente, o nome “Papai Noel Paid’égua” surgiu de uma conversa com uma amiga estilista que confecciona suas roupas. “Queríamos algo que fosse bem Nortista, Paraense. Assim, surgiu esse nome especial”, explica.
Ele também contou sobre como começou a atuar como Papai Noel. A princípio, foi em festas de família, mas uma amiga o convidou para um evento e, desde então, tornou-se um profissional na área, já tendo atuado associado com grandes marcas e em shoppings da cidade, além de trabalhar com entregas de presentes particulares nas casas das famílias que contactam ele. Na agenda do bom velhinho, também fica reservado um tempo para o trabalho social, onde ele leva alegria para crianças e famílias carentes em troca de manter a magia do natal viva.
Ser Papai Noel é mais complexo do que parece. A maioria são atores sazonais e a responsabilidade com os horários é de extrema importância, entender as crianças e manter a roupa e a barba branca sempre impecáveis faz parte do serviço. Além disso, é fundamental conhecer os comportamentos e etiquetas necessários para representar fielmente esse papel tão significativo no imaginário infantil, como saber responder a perguntas desafiadoras das crianças e lidar com diversos tipos de pedidos.
Ao final da conversa, o Bom Velhinho deixou uma mensagem importante: “Estamos passando por mudanças severas no mundo. Precisamos urgentemente preservar a natureza e promover a paz entre os povos, sem preconceitos. O Natal é um momento de esperança e união, e espero que todos possam celebrar com amor e respeito.”