O direito de ir e vir é um princípio fundamental garantido pela Constituição Federal, assegurando a todos os cidadãos o livre acesso a espaços públicos e privados. No entanto, para os moradores da passagem Samaúma, localizada entre as ruas Castanheira e Antônio Queirós, próximo ao canal Mata Fome, no bairro do Tapanã, em Belém, esse direito está seriamente comprometido.
A comunidade denuncia as condições precárias de uma ponte que dá acesso à área e o descaso do poder público com o canal que corta a região.
De acordo com Edinaldo Vinagre, morador da passagem desde 2000, a situação da ponte é preocupante. Construída com madeira branca, a estrutura não resistiu às constantes chuvas e ao inverno, apodreceu e desabou. "A ponte está intrafegável, e isso é só parte do problema", desabafa.
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Moradores fizeram um vídeo para mostrar a real situação da ponte:
Ele também destacou que o canal Mata Fome, que passa pela área, não recebe limpeza há mais de um ano, o que agrava os alagamentos. "Qualquer chuvinha já é suficiente para o canal transbordar", afirmou.
A precariedade da ponte já causou acidentes graves. Segundo relatos da comunidade, uma senhora e uma motocicleta caíram na estrutura recentemente, devido à falta de segurança. "Nós, moradores, tentamos nos unir para reconstruir a ponte, mas não conseguimos", explicou Edinaldo.
Os moradores afirmam que buscaram ajuda do poder público em diversas ocasiões, mas não obtiveram resposta. Sem a ponte, o acesso à passagem Samaúma é perigoso e, em muitos casos, inviável, prejudicando o deslocamento diário da população.
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A falta de manutenção no canal Mata Fome também impacta diretamente a qualidade de vida da comunidade. Além de transbordar frequentemente, o canal acumula lixo e entulho, aumentando o risco de doenças e enchentes.