Uma das principais obras para a COP-30 em Belém, a Nova doca também virou um importante sítio arqueológico no meio da capital paraense.
Uma embarcação metálica naufragada foi encontrada, ainda em agosto, durante as obras do canal. Pela importância e fragilidade do achado, a remoção tem sido feita por etapas, e uma delas, que aconteceria neste sábado (21), precisou ser adiada.
A proa da embarcação foi retirada no último dia 11 de dezembro, e a remoção do restante será remarcada por questões técnicas. Após a retirada, será realizada a limpeza e restauro do achado, que deve ficar em exposição após as pesquisas.
"Já foi feita a remoção da proa, que está aguardando as outras partes para o início do processo de restauro. Também está sendo feita a montagem de uma estrutura elevada que vai receber a embarcação. Assim que for feita a remoção por completo, poderemos fazer as análises laboratoriais, limpeza do material, o procedimento mais adequado de restauro e proteção para, em seguida, ficar em exposição", explicou a restauradora Tainá Arruda, responsável pelo achado.
Ela explicou também que um laboratório para investigar a embarcação está sendo montado no estacionamento de uma faculdade particular próxima à obra. Depois, o achado deve ser musealizado, de acordo com alinhamento com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).
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Além da arquiteta Tainá Arruda, a equipe responsável pelas etapas da escavação, remoção, restauração e musealização do achado é composta pelos arqueólogos Kelton Mendes e João Aires; pelo historiador e arqueólogo da Secretaria de Estado de Cultura (Secult), Paulo do Canto; e pela museóloga Doriene Trindade.