Marcados por celebrações, tradições e simbolismos, o Natal e o Ano Novo estão sempre acompanhados por paletas de cores que carregam significados especiais, refletindo os desejos e as crenças de quem participa das festividades. As vitrines das lojas e barracas do Centro Comercial de Belém, no bairro da Campina, começam a ganhar ritmo com a aproximação das datas.

No Natal, o vermelho é a cor mais icônica, já que simboliza o amor, a paixão e o sacrifício de Cristo. A autônoma Márcia Moraes, de 47 anos, não perdeu tempo nesta sexta-feira (20). Ela saiu do bairro Icuí-Guajará, em Ananindeua, já com um objetivo claro: garantir o look das festas e os acessórios. “Já comprei uma roupa vermelha para o Natal, estou vendo um relógio, e pretendo apostar na cor nude para o Ano Novo”, afirmou, indicando que as escolhas também estão acompanhando tendências mais neutras para a virada do ano.

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Rogério Carneiro, 38, empreendedor há oito anos no comércio, em um ponto na rua Conselheiro João Alfredo, começou a expor as peças nas cores tradicionais desde o início desta semana. “A gente tem visto [sair] bastante prata, verde e aquelas roupas com pedrinhas que as pessoas usam mais no Ano Novo. Mas todo mundo está pesquisando muito, olhando os preços antes de decidir”, explicou.

Há quem aposte no verde que, por sua vez, simboliza esperança e renovação, inspirado nas árvores como os pinheiros. É o caso de Rogério. “Para o Natal, vou no verde e para o Réveillon, o branco tradicional para começar tranquilo”, compartilhou. Por outro lado, refletindo os desejos para o próximo ano, o branco é a escolha tradicional, representando paz e novos começos. Cores como dourado, têm sido usadas por quem busca sucesso, assim como o amarelo que, por sua vez, atrai alegria e riqueza.

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Para Rose Lobo, artesã de 51 anos que foi do bairro Águas Brancas, as cores tradicionais ainda são as favoritas. “Vim ver os preços, mas vou levar vermelho para o Natal e branco para o Ano Novo. São cores que todo mundo usa. Apesar disso, tem o verde para o Natal, mas dizem que verde traz gravidez, mas só se Deus quiser, porque no meu caso já está difícil”, brincou.

Solange Ratis, 48, que trabalha como ambulante há duas décadas, conta que a verdadeira corrida por roupas começa mais próxima das datas festivas. “A venda boa mesmo começa a partir do dia 18 e vai até o dia 23, que é o frevo do comércio. São sempre as mesmas saídas de cores, elas dominam”, disse ela que, para atender à demanda, reforçou seu estoque com o dobro de peças que costuma comprar em meses normais.

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