Os trabalhadores que aderiram ao saque-aniversário do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) já podem se planejar para os saques em 2025, conforme informações divulgadas pelo governo federal.
O formato permanece o mesmo: cada beneficiário terá três meses para realizar o saque, iniciando no mês de nascimento.
Como funciona o saque-aniversário
O saque-aniversário permite que o trabalhador retire uma parte do saldo do FGTS anualmente, no mês de seu aniversário e nos dois meses seguintes. Por exemplo, quem nasceu em janeiro poderá sacar entre janeiro e março. Já os nascidos em março poderão realizar o saque entre março e maio, e assim sucessivamente até dezembro.
A adesão à modalidade implica na perda do direito de saque integral do FGTS em casos de rescisão sem justa causa.
Calendário oficial de 2025
O Ministério do Trabalho divulgou as datas para os saques de 2025:
- Janeiro: 2 de janeiro a 28 de março
- Fevereiro: 3 de fevereiro a 30 de abril
- Março: 3 de março a 30 de maio
- Abril: 1º de abril a 30 de junho
- Maio: 2 de maio a 31 de julho
- Junho: 2 de junho a 29 de agosto
- Julho: 1º de julho a 30 de setembro
- Agosto: 1º de agosto a 31 de outubro
- Setembro: 2 de setembro a 29 de novembro
- Outubro: 1º de outubro a 30 de dezembro
- Novembro: 3 de novembro a 31 de janeiro de 2026
- Dezembro: 1º de dezembro a 28 de fevereiro de 2026
Discussão sobre o fim da modalidade
Desde o início de sua gestão, o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, tem defendido a extinção do saque-aniversário, argumentando que ele seria desfavorável aos trabalhadores. O ministro planeja propor ao Congresso um projeto de lei para substituir essa modalidade por um formato semelhante ao crédito consignado. Apesar das declarações, nenhuma proposta formal foi enviada até o momento.
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Reações de associações
Entidades como Abranet, Abrasel e Zetta manifestaram oposição ao fim do saque-aniversário, enviando uma carta ao presidente Lula. Elas alegam que a medida pode impactar negativamente trabalhadores em situação de inadimplência, que utilizam o recurso para quitar dívidas.
As associações também reconhecem iniciativas do governo para ampliar o acesso ao crédito, mas ressaltam que essas ações não contemplam todos os trabalhadores e que a manutenção de diferentes opções seria necessária para atender a demandas variadas.