A prática de traficantes engolirem cápsulas de cocaína para transportá-las ilegalmente  é uma realidade em algumas partes do mundo. Isso é feito na tentativa de evitar a detecção por autoridades policiais e de segurança nos aeroportos, portos e postos de fronteira. Os traficantes engolem as cápsulas, que podem conter doses concentradas de drogas, e então tentam passar despercebidos durante a viagem. No entanto, essa prática é extremamente perigosa e pode ter consequências graves para a saúde dos traficantes. A ingestão de uma grande quantidade de cápsulas pode levar a complicações médicas sérias, incluindo overdoses, intoxicação aguda, obstrução intestinal e até mesmo a morte.

Na tarde de quinta-feira (11), a Polícia Federal deteve um passageiro venezuelano no Aeroporto Internacional de Belém, que havia ingerido pelo menos 100 cápsulas de cocaína. O homem estava prestes a embarcar para Guarulhos, São Paulo, com destino a Chennai, no sul da Índia.

A suspeita surgiu durante uma investigação conduzida pelo Núcleo de Polícia Aeroportuária da PF. Antes do voo programado para São Paulo às 18h, o passageiro passou pelo raio-x, que identificou uma considerável quantidade de cápsulas contendo drogas; estima-se que esse número possa ultrapassar 150 unidades. Geralmente, as cápsulas têm um peso médio de 10 gramas e permanecem no corpo por um período entre 24 e 36 horas.

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O indivíduo havia chegado a Belém proveniente de Paramaribo, no Suriname, durante a madrugada, carregando apenas uma mochila, sem bagagem despachada. Ele faria uma conexão em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, antes de chegar à Índia.

Após receber voz de prisão, o passageiro foi encaminhado ao Pronto Socorro Municipal Mario Pinotti, no bairro Umarizal, onde está sob custódia de agentes da PF. O atendimento médico visa minimizar os riscos à saúde durante a expulsão das cápsulas, já que a ruptura das mesmas dentro do corpo pode levar à morte.

Após a confirmação da retirada de todas as cápsulas através de exames de raio-x, o detido será levado à Superintendência da PF no Pará, onde será formalizado o flagrante antes de ser encaminhado ao sistema prisional.

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Este incidente guarda semelhança com outro caso ocorrido em setembro de 2023, quando outro venezuelano foi detido pelo Núcleo de Polícia Aeroportuária da PF, transportando 152 cápsulas de cocaína, também proveniente de Paramaribo, no Suriname. A diferença é que, naquela ocasião, o destino era a Europa, enquanto que o indivíduo preso nesta quinta-feira estava indo para a Ásia.

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