A confiança é um dos pilares mais delicados em qualquer relação, especialmente quando envolve o cuidado de pessoas em situação de vulnerabilidade, como idosos. Em momentos de fragilidade física e emocional, muitos se apoiam em pessoas próximas para atividades básicas do dia a dia. No entanto, essa relação pode ser quebrada de forma cruel quando se transforma em oportunidade para o crime.

E foi exatamente isso que aconteceu em um recente caso investigado pela Polícia Civil do Pará, por meio de equipes da Delegacia de Proteção à Pessoa Idosa (DPID), que cumpriram, na quinta-feira (10), um mandado de prisão preventiva contra uma mulher investigada por furto qualificado mediante abuso de confiança, cometido contra uma idosa de 71 anos.

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A prisão ocorreu na residência da investigada, no bairro do Jurunas, em Belém. Segundo as investigações, a suspeita se aproveitou da condição de empregada doméstica na casa da vítima, que estava se recuperando de uma cirurgia, para realizar diversos furtos.

Com acesso ao celular da idosa e ao aplicativo bancário, a mulher realizou múltiplas transferências via Pix, que juntas somaram R$ 9.700,00. A vítima só descobriu o prejuízo ao tentar fazer uma compra em um supermercado e ser informada de que sua conta estava zerada.

Diante da dificuldade da idosa com dispositivos eletrônicos, familiares foram acionados e confirmaram que o dinheiro havia sido transferido para contas em nome da suspeita. Além disso, a mulher também teria furtado joias e dinheiro pertencentes a uma sobrinha da vítima.

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A delegada Vanessa Macedo, diretora da DPID, destacou a gravidade da situação.

“Esse tipo de crime não se resume ao prejuízo financeiro. Trata-se de uma violência que fere profundamente a dignidade e a confiança de pessoas em situação de vulnerabilidade. A Delegacia atua de forma firme para garantir que os responsáveis sejam identificados e responsabilizados.”

Durante a apuração, os agentes descobriram que a suspeita já havia respondido por crime semelhante em 2024, também contra uma idosa, investigado por outra unidade da Polícia Civil.

Diante da reiteração criminosa e da exploração da vulnerabilidade da vítima, a autoridade policial representou pela prisão preventiva, que foi deferida pela Vara de Inquéritos Policiais de Belém.

A mulher foi presa, passou pelos procedimentos de praxe, foi encaminhada ao Sistema Penitenciário e permanece à disposição da Justiça.

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