No início da manhã desta quarta-feira (3), enquanto grande parte da população seguia sua rotina sem imaginar o que se desenrolava nos bastidores da segurança pública, a Polícia Civil do Pará avançava sobre um complexo esquema que cruzava fronteiras estaduais e movimentava fraudes milionárias. A operação "Sinal Falso", deflagrada pela Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos de Veículos Automotores (DRFRVA), mergulhou no submundo das transferências irregulares de veículos e do uso de dados falsos em sistemas públicos, expondo uma engrenagem criminosa que atuava tanto no Pará quanto em São Paulo.

A ação policial foi reforçada por equipes da Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos de Cargas, da Delegacia de Repressão a Facções Criminosas e da Delegacia de Repressão a Roubo a Bancos e Anti Sequestro, todas integradas à Divisão de Repressão ao Crime Organizado (DRCO).

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Segundo o delegado Mateus Leão, responsável pela investigação, o esquema consistia em transferir veículos novos de outros estados sem a autorização dos verdadeiros proprietários. Para isso, vistoriadores credenciados recebiam pagamentos irregulares e inseriam dados falsos nos laudos, anexando fotografias retiradas da internet ou de concessionárias, mesmo sem jamais terem visto os carros presencialmente.

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MANDADOS CUMPRIDOS E MATERIAIS APREENDIDOS

📷 Materiais apreendidos pela Polícia Civil durante a operação "Sinal Falso", incluindo celulares, computadores e documentos utilizados nas fraudes. |Divulgação/PCPA

Com os elementos colhidos ao longo da investigação, a autoridade policial representou ao Judiciário, que deferiu cinco mandados de prisão preventiva e cinco de busca e apreensão. Durante a operação, todos os investigados foram capturados.

O delegado Augusto Potiguar, titular da DRCO, informou que foram apreendidos dez aparelhos celulares, computadores, documentos e outros objetos que passarão por perícia. O material deve ajudar a identificar outros participantes da associação criminosa e localizar veículos que seriam produto do esquema.

PRÓXIMOS PASSOS

📷 Investigados foram apresentados na sede da DRCO após cumprimento dos mandados de prisão preventiva. |Divulgação/PCPA

Os detidos foram encaminhados à sede da DRCO, onde passam pelos procedimentos legais. Eles responderão pelos crimes de inserção de dados falsos em sistemas públicos, falsidade ideológica e associação criminosa.

Apesar das prisões, a Polícia Civil reforça que as investigações continuam, com foco em desarticular todo o grupo envolvido e recuperar os veículos fraudados.

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