O presidente Jair Bolsonaro (PL) está avaliando duas agendas, ainda sem data definida, para fazer um aceno ao eleitorado católico.

A primeira seria uma ida à Basílica de Nossa Senhora Aparecida, no interior de São Paulo, o segundo maior tempo católico do mundo. A segunda seria uma missa, oferecida pela Arquidiocese do Rio de Janeiro, no Cristo Redentor, cartão postal da cidade.

Auxiliares de Bolsonaro receiam que a grande identificação com os evangélicos possa afastar eleitores católicos, o que seria ruim até por ser a religião de Bolsonaro. A avaliação é de que há um voto conservador entre esses religiosos que pode ser absorvido pelo chefe do Executivo.

Embora a primeira-dama, Michelle Bolsonaro, venha exercendo um papel importante de aproximação com o voto feminino, que surpreendeu até mesmo o presidente, o tom adotado por ela em suas falas preocupa por ser muito característico de igrejas evangélicas.

Bolsonaro já esteve em Aparecida em 12 de outubro, dia em que se comemora a padroeira do Brasil, em 2019 e em 2021. Da última vez, ouviu no sermão de Dom Orlando Brandes que a pátria deve ser "amada" e não "armada", em referência a frase repetida com frequência pelo presidente.

"Para ser pátria amada, [é preciso ser] uma República sem mentiras e sem fake news, sem corrupção. É pátria amada com fraternidade. Todos os irmãos construindo a grande família brasileira", afirmou.

Pastor Everaldo, preso pela PF, batizou Bolsonaro no Rio Jordão Foto: Reprodução

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