O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou nesta quarta-feira (17) a mudança no comando do Ministério do Turismo. Celso Sabino (sem partido) deixa o cargo e deve ser substituído por Gustavo Damião, indicado pelo União Brasil. A alteração foi comunicada durante reunião ministerial no Palácio do Planalto.

A mudança ocorre em meio ao reposicionamento do União Brasil na base de apoio ao governo federal e após a expulsão de Celso Sabino da legenda. O então ministro decidiu permanecer no cargo mesmo após o partido anunciar o rompimento com o Planalto e a entrega dos espaços ocupados na Esplanada dos Ministérios.

Gustavo Damião, possível indicado para assumir a pasta, é filho do deputado federal Damião Feliciano (União Brasil-PB) e já exerceu o cargo de secretário de Turismo e Desenvolvimento Econômico do estado da Paraíba. O nome foi apresentado por uma ala do partido que mantém diálogo com o governo federal.

Relação com o União Brasil

A permanência de Celso Sabino no Ministério do Turismo após a decisão do União Brasil de se afastar do governo gerou desgaste interno. No início de dezembro, a direção nacional da sigla decidiu pela expulsão do parlamentar, formalizando o rompimento.

A indicação de Gustavo Damião teria partido de um grupo formado por cerca de 20 a 22 deputados federais da bancada do União Brasil, que reúne 59 parlamentares na Câmara. A escolha contou com o aval do presidente nacional do partido, Antonio Rueda.

A troca no ministério é interpretada como um movimento para reorganizar a relação entre o governo federal e o União Brasil, que mantém uma posição declarada de independência, mas segue participando de articulações no Congresso Nacional. O partido integra o Centrão, bloco de legendas que atua em diferentes governos, independentemente de ideologia, geralmente em busca de espaços na estrutura ministerial.

Nomeação e continuidade

A nomeação de Gustavo Damião deve ser publicada no Diário Oficial da União nos próximos dias. Segundo o Palácio do Planalto, os programas e projetos em andamento no Ministério do Turismo terão continuidade durante o período de transição.

Celso Sabino deve retornar ao mandato de deputado federal pelo Pará e, no próximo ano, disputar o Senado, onde aparece, segundo pesquisas, em segundo lugar nas intenções de voto.

Durante a reunião ministerial, o presidente Lula comentou sobre a saída de integrantes do governo que pretendem disputar as eleições de 2026, destacando que a definição antecipada contribui para a organização administrativa do Executivo. 

A mudança, comunicada durante a reunião ministerial, ocorre em um momento de rearranjo na base aliada do governo e após a expulsão de Sabino do partido por decidir permanecer na Esplanada mesmo com o rompimento da sigla com o Planalto.

Damião é filho do deputado federal Damião Feliciano (União-PB) e já atuou como secretário de Turismo e Desenvolvimento Econômico da Paraíba.

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A postura do União Brasil

A situação de Celso Sabino no governo tornou-se insustentável após o União Brasil, seu agora ex-partido, decidir romper com a gestão petista e entregar os cargos que ocupava.

Sabino, no entanto, optou por permanecer à frente do Ministério do Turismo, o que culminou em sua expulsão da sigla no início de dezembro.

A troca no ministério é vista como um gesto para pacificar a relação com o partido, que, apesar de se declarar independente, ainda possui uma ala governista influente.

A indicação de Gustavo Damião partiu desse grupo, que reúne entre 20 e 22 dos 59 deputados da bancada, e teve o aval do presidente nacional do partido, Antonio Rueda.

Próximos passos e a nova gestão

A nomeação de Gustavo Damião deve ser oficializada no Diário Oficial da União nos próximos dias. Com a mudança, o governo busca preservar o apoio do União Brasil em votações importantes no Congresso Nacional. Celso Sabino, por sua vez, deve retornar ao seu mandato de deputado federal pelo Pará. Segundo o Palácio do Planalto, todos os programas e projetos que estão em andamento no Ministério do Turismo terão continuidade durante o período de transição. 

"Eu vou ficar muito feliz que aqueles que tiverem que se afastar, se afastem e, por favor, ganhem o cargo que vão disputar. Não percam", afirmou o presidente Lula durante a reunião ministerial desta quarta-feira (17), ao comentar sobre ministros que podem deixar o governo para disputar as eleições de 2026", disse o presidente.

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