Pesquisadores de diferentes centros acadêmicos estão destacando um quadro de saúde cerebral até agora pouco reconhecido que pode explicar declínios cognitivos em adultos mais velhos com sintomas aparentemente semelhantes ao Alzheimer Estudos recentes mostram que essa condição chamada encefalopatia TDP 43 ou simplesmente LATE está presente em mais de 10 por cento das pessoas com mais de 65 anos e sua frequência cresce significativamente conforme a idade avança com estimativas chegando a até 40 por cento entre quem tem 85 anos ou mais.

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Embora os sinais clínicos se aproximem dos observados no Alzheimer, como lapsos de memória dificuldades para se orientar e comportamentos associados à demência, a verdadeira diferença está no padrão neuropatológico detectado no cérebro de pacientes que têm LATE Pesquisadores chegaram a essas conclusões ao revisitar dados de autópsias cerebrais e estudos publicados anteriormente Uma das grandes surpresas foi perceber que muitos diagnósticos atribuídos à doença de Alzheimer na prática clínica podem na verdade estar ligados a essa nova síndrome reconhecida com mais clareza nos últimos anos.

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Especialistas explicam que a distinção entre LATE e Alzheimer é mais do que um detalhe semântico porque impacta diretamente na compreensão dos mecanismos de perda cognitiva e nos caminhos que médicos e famílias podem seguir para cuidado e suporte diário Com a atualização das diretrizes de diagnóstico muitos profissionais de saúde começaram a observar casos que antes passavam despercebidos reforçando a necessidade de uma avaliação mais cuidadosa do histórico clínico e dos exames complementares.

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