O anúncio de uma série de mudanças na Meta, empresa responsável pelo Facebook, Instagram e Threads, gerou uma onda de repercussão negativa em muitos países após o CEO e dono da Big Tech, Marck Zuckerberg informar a descontinuação do sistema de verificação de fatos, o chamado 'fact-checking'.
Após a divulgação de remoção do serviço, governos de diversas nações se manifestaram contra a decisão do bilionário, justificando que o ato impediria que discursos de ódio contra minorias fossem retirados das plataformas.
A verificação de checagem coíbe a disseminação da desinformação, mais comumente chamada de "Fake News". A deliberação pode fazer com que as notícias falsas se espalhem ainda com mais força.
Mas a dúvida que não quer calar é a seguinte: de que forma essas alterações influenciam nas redes sociais da Meta?
Apesar da decisão, a mudança até o momento ocorre apenas nos Estados Unidos. Um comunicado emitido pela empresa diz que não houve nenhum indício de possíveis alterações no WhatsApp.
Antes de descontinuar o serviço, a verificação de notícias da empresa operava em 26 idiomas e, segundo Zuckerberg, agora será substituída por uma nova ferramenta chamada "notas da comunidade", inspirada em um recurso já existente no X (antigo Twitter).
A empresa informou também que as mudanças se dão em virtude de alinhamento com a nova gestão do presidente eleito nos EUA, Donald Trump.
O que muda nas plataformas?
Nesta quinta-feira (09), a Meta atualizou sua política de redes sociais na versão em português sobre o que considera "conduta de ódio". Entre as principais mudanças, está a de que a partir de agora, os usuários não têm mais impedimentos de realizar postagens que associem, por exemplo, doença mental à orientação sexual.
Além disso, a empresa informou que seguirá retirando conteúdos considerados "desumanizantes, alegações de imoralidade ou criminalidade grave e calúnias."
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Consoante com as atualizações anunciadas por Zuckerberg nesta semana, as políticas de uso também permitem posts que promovam “exclusões baseadas em sexo ou gênero em espaços geralmente restritos por essas categorias, como banheiros, esportes e ligas esportivas, grupos de saúde e apoio, e escolas específicas” e xingamentos baseados em gênero, desde que “dentro de um contexto de término de relação romântica”.
Com a retirada do serviço, a Meta disse ainda que as três plataformas pertencentes a empresa: Facebook, Instagram e Threads voltarão a permitir as recomendações de conteúdos relacionados à política.