Dinheiro traz felicidade? Quantas vezes você já ouviu essa pergunta? Ter dinheiro suficiente para proporcionar a si e a quem ama uma vida segura, com acesso à saúde, educação, abundância material e boas experiências, certamente traz um conforto emocional, mas isso não as fará mais felizes.
Uma pesquisa realizada nos Estados Unidos trouxe mais elementos para o debate. Os resultados mostram que 40% dos trabalhadores entrevistados que mudaram de emprego entre 2020 e 2022 aceitaram salários mais baixos se disseram mais satisfeitos.
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A pesquisa também retrata pessoas que abandonaram seus empregos para empreender. Inicialmente, elas relataram alguns sacrifícios e perda de renda. Porém, depois de se adaptarem, obtiveram uma maior sensação de realização.
Outro levantamento feito pela Ford Motor, em 2023, concluiu que metade dos trabalhadores da empresa estaria disposta a reduzir o seu salário em 20% para priorizar a qualidade de vida.
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Roger Sarkis é uma das pessoas que resolveu sair do emprego com boa remuneração, que exigia disponibilidade no meio da noite. Hoje, ele recebe salários mais baixos como professor em uma universidade e dirigindo uma pequena empresa. Ainda assim, se considera mais feliz e realizado: “Ninguém está me mandando mensagens de texto. Ninguém está enviando e-mails”, afirmou ao Wall Street Journal.
O coach de liderança, Marcel Schwantes, diz ter passado pela mesma situação quando estava em um cargo elevado na área de RH. "Houve dias em que meu nível de estresse era tão alto que tive que almoçar em um parque próximo para diminuir a frequência cardíaca e relaxar", afirma. Optou por deixar o emprego e empreender como coach. "Minha renda caiu por alguns anos, mas meu nível de estresse também."
"Nunca olhei para trás e nunca trocaria meu estilo de vida atual pelo modo como as coisas costumavam ser. Sacrifícios financeiros e algumas incertezas econômicas fizeram parte da troca. Mas, no longo prazo, valeu a pena para mim", escreve.