Imagine você decidir se exercitar na rua, correr livremente e sem preocupações e voltar para casa com uma bala alojada na perna. Essa situação preocupante e infeliz aconteceu com um corredor no último sábado (05) no bairro Ricardo de Albuquerque, Rio de Janeiro.
O servidor público David Santos Ferreira seguia de Nilópolis, na Baixada Fluminense, até a Vila da Penha para buscar o filho. O objetivo era correr 21 km, quando o pior aconteceu.
“O meu máximo era 15 km. Eu estava em casa e cismei de ir correndo daqui pra lá”, lembra o corredor, que foi baleado no caminho porque houve uma troca de tiros no meio da rua. “Eu levei um tiro do nada, a troco de nada, correndo, fazendo exercício físico, uma coisa que é boa pra saúde. Tu nunca vai imaginar que vai acontecer isso”, confessa, bastante perplexo.
O que aconteceu depois que David foi baleado?
O corredor lembra que pediu ajuda para pessoas que estavam próximas. Um mototaxista o ajudou, mas só depois de ser convencido de que David não era “bandido”. “Comecei a pedir para ele me levar para a UPA. Mas, imagina, um jovem negro baleado do nada, estava correndo, ele estava assustado e com medo. Com muito custo ele me levou”, disse.
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Não apenas o mototaxista, como os funcionários da UPA estavam assustados com a situação. David lembra também que, como estava sem identificação, recorreu ao uso do próprio celular para gravar a situação e acionar os familiares. Um tempo depois, David foi atendido e o projétil foi retirado de sua perna.
O caso foi registrado na 31ª DP (Ricardo de Albuquerque). A investigação está em andamento.