Imagina se a sua cidade fosse tomada por cobras invasoras, ameaçando a vida de milhares de espécies nativas? A situação é tão aterrorizante que dá arrepios só de pensar. Pois é exatamente isso que ocorre na ilha de Guam, localizada a cerca de 2 mil quilômetros das Filipinas, nos EUA.

A fauna local foi quase dizimada por cobras invasoras, e agora cientistas e ecologistas buscam soluções para controlar a situação. Entre as propostas, está a reintrodução de uma ave extinta na ilha há mais de 40 anos, com o objetivo de ajudar a combater a praga e evitar que mais espécies sejam dizimadas.

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Estima-se que Guam abrigue hoje cerca de 2 milhões de cobras, conhecidas por suas habilidades acrobáticas e formas variadas de atacar presas. A principal responsável pelo desastre ambiental é a cobra-arbórea-marrom, que chegou à ilha em um navio cargueiro na década de 1940. Desde então, a espécie se espalhou rapidamente, eliminando 10 das 12 espécies de aves nativas.

Para reduzir a população de cobras, medidas custam cerca de US$ 3,8 milhões por ano. Entre elas, cientistas estão tentando reintroduzir o martim-pescador, conhecido localmente como sihek, extinto na ilha em 1988. Atualmente, 29 aves da espécie sobrevivem em cativeiro no Kansas (EUA). Recentemente, seis delas foram soltas no Atol de Palmyra, uma região livre do predador. O objetivo é criar uma população reprodutora para eventual retorno a Guam, quando a praga estiver controlada.

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Além das cobras, a falta de pássaros gerou um novo problema: a proliferação descontrolada de aranhas-banana, que produzem teias gigantescas em parte da floresta. Para combater as cobras, cientistas testaram o uso de paracetamol, que se mostrou eficaz em pequenas doses. No entanto, a solução é limitada, já que seria impraticável aplicar em grande quantidade. 

A urgência é grande, pois a floresta de Guam também corre risco com o desaparecimento das aves, essenciais para espalhar sementes. Enquanto cientistas buscam alternativas para solucionar o problema e controlar as pragas. 

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