Cientistas anunciaram que fizeram os primeiros registros da lesma rosa gigante kaputar (Triboniophorus aff. graeffei) em vulcão extinto, no Parque Nacional Mount Kaputar, na Austrália. O local é seu único habitat do animal exótico conhecido no planeta.

A lesma pode crescer até alcançar 20 cm de comprimento – ultrapassando o tamanho de uma mão humana. O caso foi reportado pelo The Guardian.

Lesmas Kaputar com uma mão humana para referência de tamanho
📷 Lesmas Kaputar com uma mão humana para referência de tamanho |Foto: National Parks and Wildlife Service de NSW

Em 2019, a área foi atingida por incêndios florestais e cerca de 90% da população da espécie não resistiu. Agora, pesquisadores que monitoram o local comemoram o aumento dos avistamentos do bicho, alguns com uma dezena de lesmas vistas de uma só vez na região.

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Depois dos incêndios, o Serviço de Parques Nacionais e Vida Selvagem do estado de Nova Gales do Sul, na Austrália, criou o aplicativo Slug Sleuth - ou Detetive Lesma, na tradução - para que os visitantes do parque possam relatar avistamentos, que geralmente acontecem após chuvas ou em manhãs frias e nubladas. Até o momento, houve cerca de 850 relatos.

No app é possível fazer o upload de fotos e de informações sobre quantos animais as pessoas viram para que os especialistas possam determinar as preferências de habitat das lesmas e os efeitos das mudanças climáticas na população que se recupera dos incêndios.

Interfaces do aplicativo Slug Sleuth
📷 Interfaces do aplicativo Slug Sleuth |Foto: Reprodução

Ao The Guardian, Adam Fawcett, que é oficial do projeto de espécies ameaçadas do departamento de Parques Nacionais e Serviço de Vida Selvagem do estado afirmou que graças ao aplicativo, ele pode observar como a lesma se recuperaram e também pode medir a densidade populacional da espécie. “Fico muito emocionado, fico louco tirando fotos… Adoro quando você vê eles fazendo algo diferente… só não sabe para onde olhar", afirma.

Fawcett afirma que também pode comparar as zonas queimadas e não queimadas e descobriu que nas áreas queimadas as lesmas se recuperaram para níveis iguais aos das áreas não queimadas. Não está totalmente claro como elas sobreviveram, mas a teoria é que as lesmas penetraram nas fendas das rochas ou no subsolo o suficiente para se protegerem do calor do fogo.

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