Você já se pegou mentindo por medo de falar a verdade?  Uma mentira nem sempre é mal intencionada ou com o objetivo de prejudicar alguém. Às vezes esse comportamento se apresenta como uma autopreservação de si mesmo. Apesar dos riscos, a mentira aparece sendo uma alternativa de mecanismo de proteção.

Uma pesquisa da Universidade de Massachussets sugere que mentimos uma vez a cada dez minutos de conversa, em média. Segundo o especialista em detecção de mentiras, e autor do livro “mentira- um rosto de muitas faces”, a mentira desequilibra o corpo de uma pessoa, e as reações são completamente biológicas, mudando o comportamento natural dela. 

“A compreensão de uma comunicação não verbal é uma das formas de pegar um potencial mentiroso, com a linguagem corporal é possível revelar detalhes, até mesmo os mais escondidos” resume, Wanderson Castilho. 

O especialista ainda explica que um mentiroso sempre perde força no discurso, já uma pessoa que diz a verdade ganha poder na argumentação e persuasão. Com mais de 5 mil casos resolvidos, o perito cibernético e físico utiliza estratégias de detecção de mentiras e raciocínio lógico para interpretar os algoritmos dos crimes digitais.

Castilho  separou indicativos de que a pessoa pode estar mentindo. Veja!

Detalhes excessivos: O excesso de detalhes revela a necessidade de conferir algo que é falso. A verdade normalmente não é expressa com riqueza de detalhes, mas de forma genérica. Os detalhes, se necessário, vem em seguida.  

História de trás pra frente:  Um mentiroso não espera por perguntas inesperadas e confusas, se quiser descobrir uma verdade, aposte em pedir para que pessoa conte um acontecimento de trás para a frente 

Movimento das mãos:  Fique atento aos gestos feitos com as mãos.  Quando alguém está mentindo, ela usa esforços para conter sua ansiedade em mentir, por exemplo esfregar as mãos, pois elas podem ficar mais trêmulas e agitadas.

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Voz: A entonação diz muito.  De acordo com Castilho, o tom de voz também pode ficar baixo e a fala ser projetada para dentro.

Dêatenção às emoções:  Quando uma história é contada, a emoção ao lembrar das memórias também é vivida no momento da narração. Por isso, esse é um item de importante alerta. Por exemplo, se é uma história triste que está sendo narrada, logo a emoção deve combinar com o episódio narrado.

Não responder diretamente a pergunta:  Ficar dando voltas para responder, ou até mesmo repetir a pergunta é um outro grande indicativo. Assim, o potencial mentiroso ganha tempo para seu cérebro processar e criar a mentira.

Desviar o olhar:  Um forte indicativo de que a pessoa está mentindo é quando ela não consegue manter um contato visual fluido.

Olhar fixo: Um mentiroso que sabe que o desvio de olhar é um forte indicativo de mentira, também pode olhar fixamente, e de forma exagerada para outra pessoa.

Pausas: Repare nas pausas demoradas em responder.  Essas pausas podem indicar que o cérebro está criando próximas cenas/informações para complementar a mentira já contada. 

Levantamento do ombro: O especialista pontua que a postura é muito importante. Isso porque, quando alguém está contando uma mentira, um dos seus ombros se levanta. Com esse gesto, ele transmite descaso com o que está dizendo.

“Quanto mais persuasivo for seu interlocutor, quanto mais convincente for a história contada por ele, maiores as chances de que você esteja ouvindo uma mentira. Com isso, não quero, é claro, dizer que toda história minuciosa, apelativa, é falsa, mas chamar a sua atenção para um ponto fundamental na maneira como mentimos”, conclui o especialista.

Uma pesquisa da Universidade de Massachussets sugere que mentimos uma vez a cada dez minutos de conversa. Foto: (Divulgação)

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