Na vida dos seres humanos, os bons pais são frequentemente reconhecidos por sua dedicação, proteção, carinho e amor incondicional. Essas qualidades, essenciais para o bem-estar e desenvolvimento dos filhos, não são exclusivas da nossa espécie.
No mundo aquático, muitas espécies de peixes demonstram um cuidado parental igualmente impressionante. Eles adotam comportamentos que garantem a proteção, nutrição e sobrevivência de suas crias. Essa atenção meticulosa dos pais, é fundamental para a perpetuação da espécie na natureza.
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Reunimos aqui três dessas espécies, que são bem comuns na região amazônica. Conheça:
Pirarucu
Gigante das águas amazônicas, é o macho do pirarucu quem cuida dos filhotes. “O pirarucu obedece ao que a gente chama de desova parcial, não realizando uma única desova no ano, porém é uma desova com menos animais. Ele cava os ninhos em lagos e em regiões com águas calmas, para que a fêmea deposite os ovos. E apresenta um cuidado parental, ou seja, é o macho que cuida dos filhos, os alevinos, até que atinjam a fase juvenil”, explica o professor Igor Hamoy, doutor em genética e biologia molecular e docente da Ufra campus Belém. O macho fornece cuidados intensivos, que podem ser de até 3 meses e chega a guiar os filhotes em cima da cabeça, como forma de camuflagem para proteger a prole contra ataques de predadores.
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Gurijuba
Um pai superprotetor que carrega os filhotes na própria boca. Esse é o macho da espécie conhecida popularmente como Gurijuba. Segundo a professora Rosália Souza, docente do curso de Engenharia de Pesca da Ufra campus Belém, assim como outros peixes da família Ariidae, a Gurijuba tem baixa fecundidade e baixa fertilidade, então desenvolveu estratégias para garantir a sobrevivência. “São peixes chamados estrategistas-k, como eles possuem poucos ovos e poucos filhotes, os machos protegem a prole na própria boca, para evitar predadores”, diz. O peixe realiza essa proteção mesmo quando larvas eclodem e se tornam alevinos, que é a fase inicial dos peixes. “Essa proteção permanece até que os alevinos atinjam um tamanho adequado”, explica a professora.