Você já esteve com alguém que não encerrou completamente um relacionamento anterior, trazendo complicações para o seu? Esse comportamento é chamado de Síndrome de Tarzan. Embora ainda pouco conhecido no Brasil, o termo tem despertado curiosidade entre os internautas. Quer entender melhor sobre o que se trata? Continue a leitura da matéria abaixo.

O que é a Síndrome de Tarzan?

Segundo a psicologia, a Síndrome de Tarzan é o hábito de iniciar um novo relacionamento sem ter encerrado o anterior, sem dar a si mesmo o tempo necessário para ficar sozinho. A alusão a Tarzan vem do personagem que se movimenta de cipó em cipó, sempre segurando um antes de soltar o anterior. Da mesma forma, essas pessoas "pulam" de um relacionamento para outro, evitando enfrentar a solidão.

Conteúdos relacionados:

Quem é mais suscetível a essa síndrome?

Esse comportamento pode ser causado por diversos fatores. Pessoas emocionalmente dependentes, inseguras, impulsivas, com medo da solidão ou traumas de relacionamentos anteriores são mais propensas a vivenciar essa síndrome. A falta de autoconhecimento e o medo de estar só podem levar alguém a buscar rapidamente um novo parceiro, repetindo padrões problemáticos.

Síndrome de Tarzan, fenômeno que afeta a separação de casais
📷 |Divulgação

Consequências de "bancar o Tarzan"

Ao evitar lidar com o término de forma saudável, a pessoa acumula emoções negativas, perpetuando um ciclo de superficialidade nos relacionamentos. Esses novos vínculos tendem a ser marcados pela busca por excitação imediata, sem se preocupar com as consequências a longo prazo.

A síndrome não afeta apenas os mais jovens. Até relacionamentos maduros e estáveis podem ser abalados pela busca incessante por novidade. Isso pode levar a problemas emocionais como ansiedade, depressão e baixa autoestima, uma vez que a pessoa se torna dependente da validação de outros para se sentir completa.

Quer saber mais notícias de Curiosidade? Acesse nosso canal no Whatsapp

Por isso, é essencial dar tempo para processar o luto de um término. Reflexão, autoconhecimento e cura emocional são fundamentais para construir relacionamentos mais saudáveis no futuro.

Amar está mais difícil hoje em dia?

Segundo o psicólogo Ailton Amélio da Silva, professor do Instituto de Psicologia da USP, os relacionamentos contemporâneos são mais rápidos, superficiais e descartáveis. "Quem se apaixona rapidamente com base em fantasia e idealização tende a engatar uma paixão atrás da outra. Já o amor mais profundo, realista, com afeto e intimidade, está cada vez mais raro", afirma o especialista.

Para ele, a internet desempenha um papel importante nessa mudança. O interesse por aplicativos e plataformas de encontros online tem crescido cada vez mais, facilitando o contato rápido, mas também aumentando a volatilidade nas relações.

MAIS ACESSADAS