Todos os anos pesquisadores, historiadores e cientistas fazem descobertas inéditas sobre gerações passadas. Em muitas dessas buscas, já foram encontrados diversos fósseis, documentos e objetos, que contam histórias que foram escritas há milhões de anos.

Recentemente, uma espada de cerca de 3.000 anos com uma gravação da insígnia do faraó Ramsés 2º — o mais poderoso de sua era — foi encontrada no delta do Nilo, a cerca de 48 km de Alexandria. A notícia dessa descoberta foi anunciada em setembro pelo Ministério de Turismo e Antiguidades do Egito.

Mesmo que a Bíblia nunca tenha citado nominalmente quem foi o rei egípcio que escravizou os israelitas no Livro do Êxodo e não haver consenso científico até hoje, existem alguns pesquisadores que acredita que teria sido no reinado de Ramsés que Moisés liderou a fuga do Egito rumo à terra prometida.

A principal pista está na semelhança entre o nome do faraó e das cidades que os escravos tiveram que construir nesta passagem:

Estabeleceu, pois, sobre eles feitores para acabrunhá-los com trabalhos penosos: eles construíram para o faraó as cidades de Pitom e Ramsés, que deviam servir de entreposto

, Êxodo 1:11

Achado impressiona pelo brilho milênios depois

Foi durante uma escavação liderada pelo pesquisador Ahmed Saeed Al-Kharadly em um acampamento militar em Tell Al-Abqain, que a espada foi encontrada e assim  deveria servir para a proteção dos egípcios, com armazém de armas e estrutura de fortes.

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Feita em bronze, ela possui o emblema pessoal do faraó ainda visível em seu material, que mantém o brilho após ser limpo dos detritos acumulados tantos anos depois.

O fato de que ela foi encontrada em uma área de trabalho — em vez de dentro de uma tumba — é que torna este achado incomum, na opinião da especialista em egiptologia Elizabeth Frood, da Universidade de Oxford, no Reino Unido.

"Para um objeto possuir as insígnias de Ramsés 2º, isso sugere para mim que ele pertenceu a alguém de um relativo alto escalão. Ser capaz de exibir um objeto assim, mesmo que estivesse presumivelmente em uma bainha, era um sinal de status e prestígio", opinou ao jornal The Washington Post.

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