Cientista do mundo todo estão em alerta para a chegada do cometa interestelar 3I/ATLAS, que passará mais próximo da Terra no dia 19 de dezembro. Descoberto no dia 1º de julho deste ano pelo telescópio ATLAS, no Chile, o cometa tem atraído atenção devido características incomuns, que podem oferecer novas respostas sobre a formação de cometas e planetas.

Com uma velocidade impressionante de 210 mil km/h, equivalente a cerca de 130 mil milhas por hora, o cometa 3I/ATLAS chama a atenção pela composição química pouco comum. Estudo recente realizado pelo Telescópio Espacial James Webb revelou uma alta concentração de dióxido de carbono em comparação à água, algo que nunca foi observado em outros cometas. Além disso, o Telescópio Gemini Sul detectou cianeto na coma dela, uma molécula frequentemente associada a cometas que se aproximam do Sol.

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A descobertas é um sinal de que o 3I/ATLAS pode possuir características que o distinguem dos cometas tradicionais, o que desperta grande interesse entre os astrônomos. Segundo os cientistas, a chegada do cometa pode ser uma oportunidade única para estudar de perto a composição de corpos celestes originários de fora do nosso Sistema Solar. 

Apesar das especulações sobre a possibilidade de criovulcanismo, fenômeno relacionado à atividade geológica em corpos gelados, as observações mais recentes não conseguiram confirmar essa teoria. No entanto, os cientistas permanecem atentos, uma vez que a superfície ativa do cometa, mesmo a grandes distâncias do Sol, sugere a ocorrência de reações químicas complexas.

Além disso, o 3I/ATLAS é considerado por muitos como uma verdadeira "cápsula do tempo". O cometa pode ter cerca de três bilhões de anos a mais que a Terra, o que o tornaria o cometa mais antigo já identificado. Isso significa que ele pode trazer informações valiosas sobre a história do nosso Sistema Solar e até mesmo sobre sistemas planetários distantes.

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O cometa 3I/ATLAS é uma rara oportunidade de observar um corpo celeste interestelar de perto. À medida que a data que ele ficará mais perto do planeta Terra se aproxima, cientistas alertam para a importância de estudar o cometa, que pode revelar segredos fundamentais sobre a formação dos corpos celestes e as origens do universo. A comunidade científica segue acompanhando com expectativa os próximos dados que podem surgir antes e após o encontro com a Terra.

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