O Pará registrou 15 mil casos prováveis até agora no ano, e três óbitos confirmados. Esses são os maiores números da série histórica, registrada pela pasta da Saúde desde 2000. O país registra três anos seguidos de recordes de casos de dengue, após um período com menor incidência durante a pandemia.

O último ano do recorde da doença foi 2015, quando o Ministério registrou 1.688.688 casos prováveis da doença. O coeficiente de incidência chega a 2.032, muito superior aos 300 casos por 100 mil habitantes que são necessários para a recomendação de epidemia, de acordo com critérios da OMS (Organização Mundial de Saúde).

Apesar dos recordes, de acordo com o painel, há uma tendência de queda dos casos de dengue. O número de casos da última semana epidemiológica equivale a menos da metade dos casos registrados na semana anterior.

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Além das mortes confirmadas, ainda existem 2.345 em investigação. Segundo o painel, a maioria dos óbitos foi registrada no estado de São Paulo (468), seguidos de Minas Gerais (318), Distrito Federal (290), Paraná (221) e Goiás (137).

A incidência da doença é maior na região Sudeste (3.060), onde foram registrados mais de 2,5 milhões de casos prováveis, Centro-Oeste (2.970) e Sul (2.499).

Os casos de dengue criaram uma “situação de emergência” nas Américas, embora os casos em áreas críticas da Argentina e do Brasil pareçam ter se estabilizado, afirmou o chefe da Opas (Organização Pan-Americana da Saúde), o médico brasileiro Jarbas Barbosa, no último dia 18.

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A Opas, ligada à OMS, confirmou mais de 5,2 milhões de casos de dengue em toda a América este ano, um aumento de mais de 48% em relação aos 3,5 milhões de casos relatados pelo grupo no final do mês passado.

Mais de 1.800 pessoas morreram da doença viral transmitida por mosquitos, um aumento em relação aos mais de mil óbitos relatados no mês anterior, no período até março.

Barbosa ressaltou que o fornecimento de uma vacina existente contra a dengue é “muito limitado” e mesmo uma vacinação em larga escala não teria um impacto imediato na interrupção do surto em curso.

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