Daniel Cravinhos foi condenado a 39 anos de prisão pela morte dos pais da ex-namorada, Suzane Von Richthofen. Em carta, o acusado revelou o porquê da aproximação com Andreas von Richthofen, irmão de Suzane.

As informações foram divulgadas pelo jornalista Ulisses Campbell na coluna True Crime, do jornal O Globo.

Após a revelação, Cravinhos cedeu uma entrevista onde contou por que decidiu procurar Andreas.

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“A maior prisão que existe é a psicológica. Estava detido em Tremembé, mas minha mente continuava livre aqui fora. Andreas está em liberdade, mas sua mente está aprisionada. Hoje, tenho maturidade e discernimento para seguir em frente. Gostaria que ele também pudesse continuar sua jornada, mesmo diante de todas as adversidades”, contou ele.

“Sinto-me profundamente mal em viver minha vida enquanto ele está estagnado por minha causa. Sinto-me moralmente obrigado a estender-lhe a mão”, completou.

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Questionado sobre sua atitude em ir atrás do ex-cunhado, Daniel contou que já havia tentado fazer um contato com Andreas por outros meios. 

“Não, pois já ensaiamos esse contato por meio de um amigo em comum do aeromodelismo. Estou dando este passo mais ousado para que ele saiba do meu desejo. Agora, aguardo uma resposta”, afirmou.

Sobre ter escolhido uma carta aberta em vez de um contato pessoal, o ex de Suzane von Richthofen explicou: Esta tentativa de aproximação é muito delicada. Não sei como ele vai reagir. Logo após a tragédia, Suzane tentou um contato com o irmão e acabou sendo denunciada à polícia por ameaça. Se Andreas se sentir ameaçado por mim e me denunciar, posso perder o regime aberto e voltar à prisão. Por isso, optei por deixar minhas intenções claras e públicas. Compreendo que ele se sinta ameaçado por causa do que eu fiz com o seu pai. Não há como ignorar isso”, falou.

Daniel Cravinhos ainda contou sobre as notícias que teve de Andreas nos últimos tempos e revelou querer acolhê-lo.

“Quando estava preso, soube que ele havia estudado, se formado, até feito doutorado. Estava trabalhando e namorando. Depois, vi uma reportagem mostrando ele correndo desorientado pela rua. Isso me afetou profundamente. Me senti responsável pelo que ele está passando. Recentemente, vi na imprensa que ele largou tudo e se isolou. Por isso, quero encontrá-lo. Quero acolhê-lo”, disparou.

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